Justiça Eleitoral cassa mandato de prefeita e vice de Várzea Grande (MT) por gastos ilícitos com pub
- taniagrigorieff
- 23 de jun. de 2017
- 2 min de leitura
Juiz eleitoral aponta que gasto com propaganda institucional no primeiro semestre de 2016, ano em que Lucimar Campos (DEM) se reelegeu, foi 5 vezes maior que a média dos três anos anteriores.

A Justiça Eleitoral de Mato Grosso cassou nessa segunda-feira (19) os mandatos da prefeita de Várzea Grande, Lucimar Campos (DEM), e do vice-prefeito José Aderson Hazama (PRTB), por gastos ilícitos com publicidade durante a campanha eleitoral de 2016. Nessa eleição, Lucimar foi reeleita ao cargo numa disputa com o ex-deputado estadual Pery Taborelli (PSC), autor dessa denúncia que resultou na cassação dos mandatos da democrata e do vice dela. Cabe recurso da decisão e eles podem recorrer no cargo.
De acordo com a sentença, a chapa reeleita violou o que diz o artigo 73, inciso VII, do Código Eleitoral. o Artigo diz que gastos com propaganda em ano eleitoral não podem ser maiores do que a média dos gastos registrados nos primeiros semestres dos três anos anteriores às eleições.
No caso de Várzea Grande, a soma dos primeiros semestres de 2013, 2014 e 2015 foi de R$ 620,5 mil — na média, R$ 206 mil. Somente no primeiro semestre de 2016, a prefeitura gastou R$ 1,2 milhão com publicidade institucional.
As contas foram feitas pelo Tribunal de Contas de Mato Grosso e levadas à Justiça Eleitoral pela coligação Mudança com Segurança, derrotada no pleito de 2016 e encabeçada pelo PSC.
Na decisão, o juiz da 20ª Zona Eleitoral Carlos José Rondon Luz determinou que o presidente da Câmara de Vereadores de Várzea Grande, Chico Curvo (PSD), assuma o cargo de prefeito daquele município, até a realização de nova eleição, após a decisão transitar em julgado.
O magistrado também mandou que seja enviado ofício ao Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) solicitação a realização de nova eleição em Várzea Grande, e cópia do processo ao Ministério Público Estadual (MPE).
Lucimar Campos e o secretário de Comunicação de Várzea Grande, Marcos Lemos, foram condenados a pagar multa de R$ 60 mil. Já o vice-prefeito José Hazama foi multada em R$ 5 mil por não ter poder de decisão sobre as despesas ilícitas, conforme a decisão.
Comments